sexta-feira, 31 de julho de 2009

Você tem fome de quê?



Para o filósofo suíço Alain de Botton, o pior tipo de ambição é o baseado no que os outros pensam. O segredo do sucesso é um só: saber o que você quer
Por José Eduardo Costa

Para falar sobre ambição, a revista foi ouvir um dos principais pensadores da atualidade, o filósofo suíço, Alain de Botton. Alain ficou famoso lá fora ao trazer a reflexão de filósofos, artistas e pensadores antigos para os problemas cotidianos. No Brasil, ele tem três livros publicados (de um total de sete já escritos) pela Editora Rocco: As Consolações da Filosofia, Como Proust Pode Mudar Sua Vida e mais recentemente Desejo de Status. De Londres, onde vive, Alain deu a seguinte entrevista, por email, para a VOCÊ S/A.

O desejo por status é o mesmo que ambição?
Não. A ambição diz respeito às nossas próprias vontades: ter mais dinheiro, ser mais bonito ou construir uma carreira excepcional. Por exemplo, um executivo cuja função é reestruturar uma empresa faz seu trabalho guiado pelo desejo pessoal de colocar suas competências à prova, sem necessariamente se importar com o que as pessoas vão achar disso. A busca por status é uma coisa diferente, pois tem a ver com aquele tipo de ambição orientada pela opinião dos outros.

Algumas pesquisas que medem o clima de trabalho nas empresas mostra que freqüentemente as pessoas se sentem angustiadas ou ansiosas com relação a carreira. Isso tem a ver também com a ambição de cada um?
Eu acredito que sim. A competição e a ansiedade são inerentes ao capitalismo. A essência do negócio é a competição e não há competição sem ansiedade. Nos países em que a economia é ruim as pessoas não são tão ansiosas, pois a percepção é de que não há perspectivas de crescimento. Por exemplo, os trabalhadores na França são bem menos ansiosos do que os empregados americanos. Na França, eles não estão tão preocupados em perder o emprego e nem em subir na carreira e ganhar mais dinheiro. Nos Estados Unidos, há mais oportunidades e isso gera muita expectativa nas pessoas que sonham em melhorar de vida.

Ser mais ou menos ambicioso, então, diz respeito a quantidade de oportunidades percebidas?
Minha tese é que a ambição é maior onde as oportunidades são maiores. Quando as pessoas sentem que podem melhorar de vida elas se tornam muito ambiciosas. Por isso, nos Estados Unidos as pessoas sonham em crescer, ser reconhecidas e ter mais dinheiro. É o tal do sonho americano. Lá, elas vêem chances reais de ascender social e profissionalmente.
Há estudos que mostram que há mais pessoas ambiciosas vindas da classe média. Isso faz sentido para você?
Não conheço tais estudos, mas tendo a acreditar nessa conclusão. As pessoas que vem da classe média tem uma visão muito clara da riqueza e da pobreza. Sendo assim, elas têm noção do que representa subir e o que significa cair um nível na escala social.

A ambição muda de geração para geração?
Não acredito que a ambição das pessoas tenha mudado ao longo das últimas décadas. A idéia de ambição que temos hoje foi consolidada após a Revolução Francesa, de 1789. Crescer significa acumular riqueza. Nossas sociedades, salvo algumas exceções, são capitalistas, empreendedoras e essencialmente burguesas. Os heróis são profissionais bem-sucedidos.

quarta-feira, 29 de julho de 2009


“Minha bagagem é meu corpo. Há um compartimento, fechado, do qual sirvo-me. É onde guardo o meu olhar, meus olhos fechados, minha vida embrulhada, meus pensamentos devidamente empacotados em embalagens sortidas. Nos olhos fechados das fotografias conheço o meu próprio sorriso tímido. E, num zíper, tenho-me. Alfabetizo-me. Vivo-me. Desmascaro-me. E volto a me mascarar. A vida, vejo por dentro, não cabe aqui: alguma coisa vai ter que ficar de fora. Mas é difícil escolher. Me arrisco fora de mim.”

sábado, 25 de julho de 2009


By Ditte Isager
Moments.












By Aya Brackett Photography
Últimos Looks salvos.












Por Antönio Bandeira
Tomei emprestado.....


.............hoje eu sonhei tão alto
que as aves na minha janela pousaram
e pediram que eu sonhasse mais baixo
porque elas lá em cima voavam..................
autor - desconhecimento meu
Viver.


.. Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver...


Ver.......

"Mar sem fim"- Amyr Klink
Marketing



Veja o relato de uma história real de um jovem vendedor, acontecida com nosso blogueiro no Rio de Janeiro. Não sei se aqui é o espaço ideal para histórias. Muito menos sei se a história é espetacular. Mas o seu cenário, contexto e ensinamentos provocam reflexões. Que apesar das simples conclusões, nos colocam novamente nos eixos. Recentemente fui ao Rio de Janeiro (RJ). Precisava resolver alguns assuntos pessoais. Assuntos que me fizeram ciruclar na praça do Largo do Machado. Para quem não é do Rio, ou mesmo, nunca foi frequentador daquelas bandas. Aquele Largo é retrato fiel de qualquer praça central. Barracas de quitutes, comercios legais e ilegais, policiais e pivetes. Enfim, todos os tipos circulam por ali. Existe harmonia naquela atmosfera desordenada. Harmonia com cheiro de milho cozido e fritura de churros. Ao atravessar a praça para tomar o metrô em companhia de minha namorada, um menino me interrompe oferecendo paçoca.

- Não, cara. Valeu. Respondi com o passo apressado. O menino continua me acompanhando e insiste.

- Esse foi o NÃO mais simpático que ouvi.

- Deixa eu te oferecer uma paçoca por minha conta.

- Não precisa. Dessa vez foi um pouco mais rude, demonstrando pressa.

- Agora você vai ter que aceitar, senão retiro o que digo e você terá sido grosso e de nada valeu sua simpatia.

- Ok, aceito. Nesse instante parei e dei atenção ao rapaz.Reparei. Era um menino simples, mas o seu sorriso era incontestavelmente honesto. Sua roupa era suja e o seu calçado mal cobria seus pés. Ao aceitar sua paçoca. Resolvi que daria o dinheiro por elas.

- Toma aí: R$ 2,00. Falei já lançando mão à carteira.

- Não quero. E quer saber, sua namorada é simpatica, tó aqui duas para ela, de graça.

- Cara, você ta me deixando em uma situação complicada. Aceita esses R$ 5,00.

- De forma alguma. Se quiser te dou um abraço e só. O garoto me lançou um abraço mais rápido que a minha habilidade de esquivar.

- Seguinte, tu quer me ajudar mermo? Se quiser, na moral, eu aceito que você compre uma caixa de "polenguinho" pra mim vendê. Da pra tirar mais com polenguinho, do que com essas paçocas. Tá vendo essa loja aqui na frente? Compra uma caixa e me traz, assim tu vai me ajudar com meu novo empreendimento, os polenguinhu.

- Quanto é a caixa?

- É 20 real.

- Então toma aqui vinte prata velho. Você merece.

Moral da historia. Comprei 3 paçocas por R$ 20,00, ou seja, mais de R$ 6,00 por cada paçoca. No Rio, você pode comprar 10 paçocas por R$ 1,00, cada paçoca custa R$ 0,10. Qual foi a margem dele? Deixem as contas de lado. O que importa é: não comprei paçocas, fui uma Venture Capital de um rapaz audacioso. Quantos a gente vê assim por aí? Se havia intenção em me dobrar. Mesmo assim não importa. Ele encontrou a sua maneira de fazer negócios.

E fez.

Fonte: post publicado originalmente no Blog da HSM.
Por: Tie Lima

HSM Online 17/07/2009

Me emocionei com essa.

sexta-feira, 24 de julho de 2009


Não me apontes o caminho, o rumo certo para chegar ao cimo.
Deixa-me encontrá-lo para que seja meu...
Não me reveles a mais brilhante estrela, aquela que te guia.
Eu buscarei a minha...
Não me estendas a mão quando eu cair.
Em tempo certo, em hora exata, eu ficarei de pé...
Não te apiedes de mim.
É minha estrada, é minha estrela,
É meu destino.
Deixa apenas que eu seja.
Sem ti...
Eliette Ferreira
Love Polaroid.

















O que mais dizer? ... já deu para perceber que sou fanzoca de photos on polaroide... e que já tenho em alguns post perdidos por aí fotos vindas desta mesma autoria que sempre me enche de suspiros...
Espero que todos aproveitem... olhem com calma e uma boa taça de vinho neste final de semana.