sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Alma
... Acho que o maior cuida do que devemos ter nessa vida é no sentido de não deixar a alma atrofiar... com o tempo vamos nos tornando seres inaptos a decidir a hora de entrar e sair da brincadeira, seres covardes, de movimentos limitados e vozes contidas, seres com alma atrofiada, com o tempo vamos ficando medrosos de ir além do que nossos restritos limites, do que nossos pequenos mundinhos... que nos oferecem e isso tem efeitos piores que podemos imaginar... porque a gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a propria vida. Que aos poucos se gasta de tanto se acostumar, e se perde de sí mesma...
Marina Colasanti
Marina Colasanti
e dito.
Contratempos e Descompassos
Esgotou. Já era.
Não porque anoiteceu.
Não porque a madrugada urge e o dia vem.
Mas, ficou realmente tarde.
Tudo foi muito analisado.
Muito equilibrado.
Muito.
Muito.
Tanto.
Tanto.
Tanta coisa.
Tantos medos.
Tantas impressões.
Imprecisões.
Disso deseja-se logo.
Com urgência.
De imediato.
Sem curvas.
Sem manobras ou saltos.
Na reta.
Direto ao ponto.
Ponto.
Final.
Então, acabou o tempo.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
amor fati
O significado da expressão varia conforme o entendimento dos termos fado e amor.
A expressão aparece em Nietzsche, sendo usada como "fórmula para a grandeza do homem" e que significa:
"Não querer nada de diferente do que é, nem no futuro, nem no passado, nem por toda a eternidade. Não só suportar o que é necessário, mas amá-lo".
O termo aparece varias vezes em Gaia Ciência, mas é neste trecho em particular citada de forma mais clara:
"Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas: - assim me tornarei um daqueles que fazem belas as coisas.
"Amor fati" [amor ao destino]: seja este, doravante, o meu amor" Não quero fazer guerra ao que é feio. Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores. Que minha única negação seja 'desviar o olhar'! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia apenas alguém que diz sim."
Para Nietzsche, "amor fati" é amar o inevitável, amar o destino, amar o justo e o injusto, o próprio amor e o desamor. Ou seja,"ser, antes de tudo, um forte", sem se reclamar da vida, sendo indiferente ao sofrimento. Uma retomada do antigo pensamento grego dos filósofos estóicos.
Por Cris Alcantara
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