terça-feira, 25 de novembro de 2008

Van Gogh.





Dei de cara com Van Gogh numa sala de espera... Esperando já fiquei a pensar... Com aquela cara de louco divino, ele dividia espaço com as revistas da mesinha, a Nova, a Quem, a Caras e a nova edição de Veja. Tudo muito careta e chato... Igual e enquadrado. Van Gogh não é careta. Ele era louco! Era um homem incomum atormentado por sua arte, e o seu auto-retrato com chapéu de feltro tem um olhar feroz... Um olhar fixo, sobrancelhas estreitas e sem nenhuma ruga. Um homem que foi expelido do mundo... A impressão é que Van Gogh queria sair daqui e partir para o infinito. "Embarcar num trem para uma estrela", escreveu ao seu irmão Theo no Livro que li e amei, Cartas de Van Gogh a Theo. Enfim, foi um sujeito que pintava a natureza e objetos inertes como se estivessem em plena convulsão... Das suas pinturas brota uma energia e uma determinação assombrosa. Dr. Gachet errou no tratamento. Queria desligá-lo. Impossível... ele foi o próprio movimento vivo em ação.

Eis trecho escolhido...

“Com tudo prefiro pintar os olhos dos homens, mais que as catedrais, pois nos olhos há algo que nas catedrais não há, mesmo que elas sejam majestosas e se imponham, a alma de um homem, mesmo que seja um pobre mendigo ou uma prostituta, é mais interessante a meus olhos.”


2 comentários:

  1. te peguei de surpresa ... curiosa sou eu por teus pensamentos curiosos... antonieta foi o nome que criei pra combinar com maria doroteia... amo as nossas viagens... Van Gogh e Theo - Maria Doroteia e Antonieta!

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  2. Amei......... me descobriuuuu..... Maria Antonieta hein e Maria Doroteia... amei ainda mais.... te amo.

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