segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009







Uma mulher de peito pela luta da sobrevivência!!

reportagem: Micheline Alves
fotografia: Marcos Prado

......Você já parou para pensar para onde vai o lixo que sai da sua casa? Há 12 anos, o fotógrafo carioca Marcos Prado não só pensou como resolveu investigar, uma experiência que transformaria sua vida para sempre. Prado passou uma década acompanhando (e fotografando) o cotidiano dos catadores de lixo do aterro Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, no Rio, para onde são levadas as sete toneladas de lixo que os cariocas produzem diariamente. Além de dar origem ao livro Jardim Gramacho, publicado pela editora Argumento, o trabalho virou um filme, não sobre o lixão propriamente dito, mas sobre a trajetória da catadora que mais impressionou o fotógrafo: Estamira Gomes de Souza.

Quando começa o filme, com estréia marcada para 28 de julho em São Paulo, conhecemos Estamira, uma mulher em seus 60 anos, saindo do barraco onde mora em Campo Grande, subúrbio do Rio, em direção ao aterro. Ela anda a pé, pega um ônibus, viaja mais de uma hora, caminha outro longo trecho e finalmente chega ao local de trabalho, o mais insalubre que se pode imaginar. Poderia se tratar da história de uma brasileira pobre, comum, como tantas outras. Só que Estamira não tem nada de comum. “A minha missão, além de ser a Estamira, é revelar a verdade, somente a verdade” é a primeira de uma série de frases estranhas e muitas vezes impressionantes que se ouve ao longo do filme. Minutos mais tarde, fica claro que ela tem um problema mental. Há anos, é acompanhada por psiquiatras da rede pública e toma remédios, o que explica suas falas muitas vezes sem sentido, e torna espantosas certas declarações, de uma profundidade que intriga.


Bagunça ordenada retirei do flickr updateds photo sharing.



Vogue Germany's Feburary, via Foto Decadent.

A vida tem que dar fome. Uma fome insaciável que não sabemos se nos alimenta, ou alimenta a vida em nós, ou nos alimenta da própria vida. Dá apenas para sentir e a ela se render: e saciar, lógico! Não é uma fome pura, física, específica. Vai além do fisiológico, pois é a alma que nos pede. O que alimenta é a mistura de tudo o que gostamos. E o que gostamos não pode ser light. Nem diet. Sem nomes e sem química desalmada. A vida tem que ter cor e forma, sabor. E cobertura!"

Estava eu pensando hoje em como as relações que construímos ao longo da nossa vida podem ser comparadas a um texto. É, um texto, cheio de elementos. As palavras são a base desse texto. Algumas bem colocadas, outras nem tanto, algumas bem objetivas e claras, outras mal compreendidas, algumas bem pensadas, esquematizadas, calculadas, outras ditas de forma simples, mas extremamente verdadeiras.

Essas diversas relações são construídas pelas frases, orações e períodos do texto. As frases podem ser curtas e rápidas. As orações existem sempre dependentes de um verbo, este é a idéia principal daquilo que você pretende transmitir em sua relação ( amor, amizade, carinho etc). Os períodos também estão presentes, podendo ser simples, sem interrupções, ou compostos, cheios de vírgulas. Essas vírgulas são todas aquelas interrupções que as nossas relações sofrem. Podem ser brigas, pequenas discussões, desentendimentos, uma viagem, podem se dar por conta de uma vida corrida, enfim, podem existir por diversos motivos.

Uma coisa, porém, é certa, as vírgulas não põem fim, são apenas pequenos intervalos existentes em qualquer tipo de relação. Seja esta de amizade, namoro, casamento, família, seja qual for o tipo de relação, as vírgulas existirão. Muitas vezes, as vírgulas são muitas e é preciso usar o ponto-e-vírgula, que também é uma interrupção, porém um tanto maior que a vírgula. O ponto-e-vírgula pode ser usado, por exemplo, numa amizade que sofre um grande abalo, mas decide continuar. Em alguns casos, o abalo é tão grande, que somente um ponto com continuação resolve. A amizade continua amizade, a idéia é a mesma, porém com um ar de recomeço.

Não sendo o ponto com continuação suficiente, devemos usar, então, o parágrafo. Este continuará o texto, porém com um recomeço de verdade. Deixa-se o que passou para trás e desenvolve-se uma nova idéia. Muitas vezes o parágrafo pode significar mudança, como uma amizade que vira amor, um amor que vira amizade, uma amor que vira ódio, um ódio que vira indeferença, entre outras milhares de transformações possíveis. Há a transformação ( o parágrafo), porém a história (o texto) continua.

No meio de tantas possibilidades, como vírgulas, ponto-e-vírgulas, pontos com continuação e parágrafos, há ainda quem prefira mesmo o ponto final, puro e simplemente. Como o próprio nome diz, o ponto final põe fim a tudo, encerra o texto e qualquer possibilidade de continuação. Nesses momentos, aqueles que não desejavam ponto final podem usar exclamações, admirados com o fim, ou podem usar interrogações, perguntando-se o porquê de tudo ter acabado. As exclamações e interrogações podem ser seguidas de revolta, de tristeza, de indignação ou mesmo de alívio.É aí, então, que não temos muitas escolhas.

Podemos aceitar o ponto final, utilizando do mesmo artifício em nosso texto, ou podemos usar as reticências, seguindo a vida e esperando que haja uma continuação. É essa continuação, para mim, a idéia esperançosa que as reticências nos proporciona. São as reticências que desejo para todas as relações que construo...

"Desejando reticências"

Rafael Braga Rios






By Megan Morton, recortes, montagens e aplicaçoes. Tema: visual oxygen.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

amei o lance.


Que o inverno, junto com ares elegantes, chegue em breve.......afff

Boa escada!! Boa subida!!
Pintura direta na parede da Gregory Lind Galery.
by Swissmiss Furniture.
que idéia...
by Ara Peterson.
by A Lihgtbendr's Vibration. Ameiii...


Lindas propostas de espelhos.........
hilário.

O vestido de Issa London que Nicole Richie usou nesta noite é muito suave. Love the red cuff with it.
Lindico, e nao sei de onde copiei. Sorry.




Takahiro Kimura e sua desmistificacao de mulheres...
nao sei, mas me lembra algo de Picasso nesses traços...

Kit vintage de sobrevivencia. Todas precisam e deveriam ter. Pratico, elegante e eterno!!
Rebel Art. Lindo lindo!!


Apartment Therapy. como sempre colors colors and colors........

Engajado!

Perdi 15kgs. Estou muito contente, é claro. Mas sou um bicho tão terrível, tão teimoso, que ao invés de aproveitar a coisa toda e mudar completamente de personalidade -ah, os ex-gordos saltitantes, como odeio vocês - sou tomada por acessos de raiva pelos motivos mais bobos.

Sempre tive acessos de raiva pelos motivos mais bobos. Agora, porém, sinto que a coisa toda se agravou. Talvez por não poder comer de tudo, fico ainda mais mal-humorada, mais do que já sou geneticamente, mas achei que isso se suavizaria com um pouco de senso de realização, auto-estima, etc.. Mentira. Eu estou feliz por poder comprar roupas com mais facilidade, mas, às vezes, fico tão absorvida pelo ódio aleatório do dia-a-dia que meus olhos chegam a lacrimejar. E tudo porque a costureira fez um trabalho meio porco apertando umas calças minhas* ou a babaca da menina do metrô que não aprendeu a andar com outras pessoas ao redor.

Acho que as pessoas engordam porque todo mundo acha que merece um sorvete. Poxa vida, estou tão cansada, estudei/trabalhei tanto, lidei com tanta gente cretina, eu mereço um chocolate. Todo dia, eu mereço um chocolate. Pelo simples esforço de ter aguentado mais um dia. Mas tenho me negado todos esses prêmios gastronômicos. Comprar roupas novas é um substituto muito pobre para um nhoque, um cheeseburguer perfeito, essas manifestações divinas muito particulares, esses calmantes espirituais.

Tenho medo de ir dormir hoje e acordar, de repente, com 30kgs a mais só na área do quadril -pelo karma que estou acumulando nesse exato momento, pela falta de gratidão. Não é isso, pessoa responsável pelo karma - provavelmente uma bomba de chocolate personificadada, terrível e maravilhosa ao mesmo tempo. Acho que quero dizer para as pessoas aproveitarem os seus chocolates, abraçarem seus sanduíches, seus milkshakes, etc..

Você já disse "eu te amo" para o seu Chandelle hoje?

Ieda Verônica Lake.
O Segredo de Luísa: Uma Idéia, Uma Paixão e Plano de Negócios
FERNANDO DOLABELA


Com mais de 150 mil exemplares vendidos, O segredo de Luísa se tornou referência quando o assunto é empreendedorismo. Adotado por universidades e MBA´s em todo o Brasil, o que faz este livro ser tão especial e querido pelos leitores é o fato de tratar do assunto através de uma saborosa história com trama, conflitos, reviravoltas e personagens por quem nos apegamos e para quem torcemos. Usando como fio condutor a trajetória de Luísa, uma jovem mineira entusiasmada com a idéia de abrir uma empresa para vender a deliciosa goiabada que sua tia produz, Fernando Dolabela ensina passo a passo tudo o que é preciso saber para ir do sonho ao mercado.Com uma estrutura completamente inovadora, o livro oferece a alternativa de se concentrar na história ou se aprofundar nas informações específicas sobre marketing, plano de negócios, finanças, administração e organização empresarial.

Além de apresentar um estudo completo da empresa de Luísa (que serve de modelo para qualquer empreendimento), o livro inclui testes para ajudar o leitor a conhecer seu perfil e descobrir o potencial de seu futuro negócio. Dessa forma interativa e dinâmica, Dolabela mostra como cada um pode desenvolver seus próprios talentos para obter sucesso como empresário - mesmo que, como Luísa, não tenha nenhuma prática comercial nem recursos para investir, contanto que possua uma enorme vontade de realizar seus sonhos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009


JOSÉ SARAMAGO
/A humanidade não merece a vida/
Prêmio Nobel português se define como um “comunista hormonal” e afirma que os instintos servem melhor aos animais do que a razão aos homens.

O ESCRITOR português José Saramago, 86, disse ontem que “a história da humanidade é um desastre” e que “nós não merecemos a vida”. O autor, vencedor do Nobel de Literatura em 1998, participou de sabatina da Folha em celebração dos 50 anos da Ilustrada. O debate, assistido por 300 pessoas em um Teatro Folha lotado, teve como mediador o secretário de Redação do jornal Vaguinaldo Marinheiro. Participaram também, como entrevistadores, o crítico Luiz Costa Lima, a repórter da Ilustrada Sylvia Colombo e Manuel da Costa Pinto, colunista do caderno.
O QUE ELE DISSE SOBRE:

HUMANIDADE: A história da humanidade é um desastre contínuo. Nunca houve nada que se parecesse com um momento de paz. Se ainda fosse só a guerra, em que as pessoas se enfrentam ou são obrigadas a se enfrentar… Mas não é só isso. Esta raiva que no fundo há em mim, uma espécie de raiva às vezes incontida, é porque nós não merecemos a vida. Não a merecemos. Não se percebeu ainda que o instinto serve melhor aos animais do que a razão serve ao homem. O animal, para se alimentar, tem que matar o outro animal. Mas nós não, nós matamos por prazer, por gosto. Se fizermos um cálculo de quantos delinqüentes vivem no mundo, deve ser um número fabuloso. Vivemos na violência. Não usamos a razão para defender a vida; usamos a razão para destruí-la de todas as maneiras -no plano privado e no plano público.

MARXISMO HORMONAL :Desde muito novo orientei-me para a consciência de que o mundo está errado. Não importa aqui qual foi o grau da minha militância todos esses anos. O que importa é que o mundo estava errado, e eu queria fazer coisas para modificá-lo. O espaço ideológico e político em que se esperava encontrar alguma coisa que confirmasse essa idéia era, é claro, a esquerda comunista. Para aí fui e aí estou. Sou aquilo que se pode chamar de comunista hormonal. O que isso quer dizer? Assim como tenho no corpo um hormônio que me faz crescer a barba, há outro que me obriga a ser comunista.

CRISE ATUAL :Marx nunca teve tanta razão quanto agora. O trabalho constrói, e a privação dele é uma espécie de trauma. Vamos ver o que acontece agora com os milhões de pessoas que vão ficar sem emprego. A chamada classe média acabou. Ou melhor: está em processo de desagregação. Falava-se em dois anos [para a recuperação da economia depois da crise financeira]; agora já se fala em três. Veremos se Marx tem ou não razão.

DEUS E BÍBLIA :Por que eu teria de mudar [a concepção de Deus após a doença]? Porque supostamente me salvou a vida? Quem me salvou foram os médicos e a minha mulher. E Deus se esqueceu de Santa Catarina? Não quero ofender ninguém, mas Deus não existe. Salvo na cabeça das pessoas, onde está o diabo, o mal e o bem. Inventamos Deus porque tínhamos medo de morrer, acreditávamos que talvez houvesse uma segunda vida. Inventamos o inferno, o paraíso e o purgatório. Quando a igreja inventou o pecado, inventou um instrumento de controle, não tanto das almas, porque à igreja não importam as almas, mas dos corpos. O sonho da igreja sempre foi nos transformar em eunucos. A Bíblia foi escrita ao longo de 2.000 anos e não é um livro que se possa deixar nas mãos de um inocente. Só tem maus conselhos, assassinatos, incestos…

RELAÇÃO COM PORTUGAL: Espalham por aí idéias sobre minha relação com meu país que não estão corretas. Saímos [Saramago e sua mulher, Pilar] de Lisboa [para a ilha de Lanzarote] em conseqüência de uma atitude do governo, não do país nem da população. Mas do governo, que não permitiu que meu livro [”O Evangelho Segundo Jesus Cristo”] fosse inscrito num prêmio da União Européia. Nunca tive problemas com o meu país, mas com o governo, que depois não foi capaz de pedir desculpas. Nisso, os governos são todos iguais, dificilmente pedem desculpas. Fomos para lá e continuamos pagando impostos em Portugal. Agora temos duas casas. Mudei de bairro, porque o vizinho me incomodava. E o vizinho era o governo português.

ACORDO ORTOGRÁFICO: Em princípio, não me parecia necessário. De toda forma, continuaríamos a nos entender. O que me fez mudar de opinião foi a idéia de que, se o português quer ganhar influência no mundo, tem de adotar uma grafia única. Se Portugal tivesse 140 milhões de habitantes, provavelmente teríamos imposto ao Brasil a nossa grafia. Acontecem que os 140 milhões estão no Brasil, e o Brasil tem mais presença internacional. Perderíamos muito com a idéia de que o português é nosso, nós o tornaríamos uma língua que ninguém fala. Quando acabou o “ph”, não consta que tenha havido uma revolução.

LITERATURA BRASILEIRA: Houve um tempo em que os autores brasileiros estavam presentes em Portugal, e em alguns casos podíamos dizer que conhecíamos tão bem a literatura brasileira quanto a portuguesa. Graciliano Ramos, Jorge Amado, os poetas, como João Cabral [de Melo Neto], Manuel Bandeira, essa gente era lida com paixão. Para nós, aquilo representava a voz do Brasil. Agora, que eu saiba, não há nenhum escritor brasileiro que seja lido com paixão em Portugal. Culpo a mim, talvez, por não ter a curiosidade. Mas também não temos a obrigação de descobrir aquilo que nem sabemos se existe.

LEITOR: O leitor me importa só depois que escrevi. Enquanto escrevo, não importa, porque não se escreve para um leitor específico. Há dois tempos, o tempo em que o autor não tinha leitores e o tempo em que tem. Mas a responsabilidade é igual, é com o trabalho que se faz. Agora, eu penso nos leitores quando recebo cartas extraordinárias. É um fenômeno recente. Ninguém escreveu a Camões, mas hoje há essa comunicação, essa ansiedade do leitor.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009








''John Rankin Waddell, mais conhecido como Rankin, é um dos maiores nomes da fotografia mundial. Fundador da influente revista Dzaed&Confused, Rankin criou algumas das imagens mais célebres da cultura pop mundial. Para as suas lentes, posaram celebridades como Rainha Elizabeth II, Kate Moss, Rolling Stones, U2, Britney Spears, Naomi Campbell, Kylie Minogue, Leonardo DiCaprio, David Bowie, Spice Girls,Damien Hirst e Tony Blair, dentre outras.

A exposição RAKIN / OFF THEIR HEADS traz ao Brasil, pela primeira vez, uma coleção das 50 fotografias mais importantes do artista.''

MuBE - Museu Brasileiro da Escultura - Av Europa, 218 - Jardim Europa. Sampa
De 22 de Janeiro a 05 de Fevereiro.
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